É necessário considerar que tal problemática não é um fenômeno cuja causa está apenas dentro das escolas. Isso é afirmado pois, segundo estudos da área da filosofia e da psicologia, ações como agressões físicas e morais aos professores e aos alunos são reflexos da própria sociedade ou da estrutura familiar do estudante. É inegável que o convívio com a violência presente nas ruas e até, possivelmente, no âmbito familiar pode causar danos psicológicos à criança ou ao adolescente. Tais danos interferem negativamente na noção de regras de convivência adequada. A consequência disso, infelizmente, são as sucessivas agressões.
É preciso salientar que a estrutura familiar também possui relevância nesse processo. Atualmente, em decorrência da falta de tempo de dialogo entre pais e filhos, os familiares buscam nas escolas múltiplas funções entre elas: a educação moral e a escolarização, sendo que cabe a elas penas a última. Portanto, o reflexo da sociedade e o excesso de funções dos estabelecimentos de ensino aliado à falta de investimentos nesse setor contribuem para o agravamento desse quadro.
Dessa forma, é imprescindível o papel da família na educação dos seus filhos, uma vez que as escolas têm a função apenas de escolarizar. Medidas como o dialogo e o estabelecimento de orientação sobre regras de convivência devem ser feitas pelos pais. As escolas devem possuir psicólogos que auxiliem na orientação do aluno, perante seu comportamento. Além disso, os investimentos na educação devem ser progressivos para possibilitar melhores infraestruturas que garantam a satisfação tanto dos docentes quanto dos discentes, o que pode culminar em uma melhor relação.
