quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Desenhos Isabella Costa guimarães






Poema: Isabella Costa guimarães

Ergue-se o homem à estrela


Pequena,vistosa e efêmera
Torna-se estrela um pontinho no céu
pontinho, porém, vistoso
cabe até em poemas e limita-se à
linguagem dos poetas e sonhadores

Tão pequena, porém, tão grande
tão pequena, porém, tão próxima e tão distante
tão pequena, porém, tão significante

semeia dúvidas por sua pequenez
por ser tão pequena e tão grande
descrevem a pequenez humana.

Isabella Costa Guimarães


A morte do nada

Morte, quem a provocaste?
em meio a ti tantos vilões 
tanta insanidade, tanta derradeira 
banalidade

Selecionando fracos e vis
permitirá que façam de ti
criteriosa?

permitirá que os homes deliberem
sobre quem a terá nos braços
imediatamente? criteriosamente?

A morte impetuosa 
banaliza-se e diz:
os homens são cientes
selecionam o nada. 

Isabella Costa Guimarães

sábado, 11 de outubro de 2014

Violência nas escolas, como resolver esse problema?

           Segundo notícias, a violência nas escolas está presente e mostra-se um fato preocupante. Isso revela, uma situação, extremamente, negativa tanto para os professores, quanto para os alunos. Dessa forma, medidas cujo objetivo seja mudar, radicalmente, esse quadro são necessárias.
   
   É necessário considerar que tal problemática não é um fenômeno cuja causa está apenas dentro das escolas. Isso é afirmado pois, segundo estudos da área da filosofia e da psicologia, ações como agressões físicas e morais aos professores e aos alunos são reflexos da própria sociedade ou da estrutura familiar do estudante. É inegável que o convívio com a violência presente nas ruas e até, possivelmente, no âmbito familiar pode causar danos psicológicos à criança ou ao adolescente. Tais danos interferem negativamente na noção de regras de convivência adequada. A consequência disso, infelizmente, são as sucessivas agressões.
       
É preciso salientar que a estrutura familiar também possui relevância nesse processo. Atualmente, em decorrência da falta de tempo de dialogo entre pais e filhos, os familiares buscam nas escolas múltiplas funções entre elas: a educação moral e a escolarização, sendo que cabe a elas penas a última. Portanto, o reflexo da sociedade e o excesso de funções dos estabelecimentos de ensino aliado à falta de investimentos nesse setor contribuem para o agravamento desse quadro.
   
 Dessa forma, é imprescindível o papel da família na educação dos seus filhos, uma vez que as escolas têm a função apenas de escolarizar. Medidas como o dialogo e o estabelecimento de orientação sobre regras de convivência devem ser feitas pelos pais. As escolas devem possuir psicólogos que auxiliem na orientação do aluno, perante seu comportamento. Além disso, os investimentos na educação devem ser progressivos para possibilitar melhores infraestruturas que garantam a satisfação tanto dos docentes quanto dos discentes, o que pode culminar em uma melhor relação.






quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Política para não ser idiota

             É necessário considerar que o horário eleitoral é extremamente
útil aos cidadãos. Isso é afirmado, pois este possibilita a análise de projetos
políticos, os quais são importantes para qualquer eleitor. Dessa forma,
medidas cujo objetivo seja difundir a necessidade das propagandas políticas
são viáveis.
          O conhecimento sobre as propostas de governo de determinado parti-
do ou político é ,demasiadamente, relevante para os indivíduos. Isso é afirmado,
uma vez que tais projetos poderão ser concretizados no tempo de governo, podendo
interferir positiva ou negativamente no cotidiano da população, já que a criação
e o sancionamento de leis cabem aos governos. Dessa forma é imprescindível
os impactos da política na sociedade e a necessidade da divulgação de futuras
ações políticas.
      
      No entanto, infelizmente, no Brasil, devido a falta de expectativas dos Brasileiros
quanto aos políticos, o desinteresse nos candidatos e nas suas propostas está
presente e é preocupante. Isso contribui, lamentavelmente, não só para a continuação
de governos corruptos, como também na manutenção das desigualdades sociais, visto
que as conquistas políticas e socioeconômicas são adquiridas, mais facilmente, com o
engajamento político da maior parte das pessoas. Por isso, a participação na
administração do país, dos Estados e das cidades é indiscutível.
       
 Logo, um dos grandes desafios do Brasil é a consciência do papel da
democracia, e esta só existe com a participação do povo e com o seu esclarecimento a
começar com o auxílio das propagandas eleitorais. Portanto, as escolas devem discutir
política com os estudantes por meio de trabalhos, palestras e estudo das funções e
reflexos dos três poderes (Executivo, legislativo e judiciário) no país, a fim de torná-los
eleitores conscientes. Além disso, os meios de comunicação devem incentivar o debate
político através dos jornais, telejornais e entretenimento, pois como diziam os gregos na
antiguidade se referindo aos apolíticos: o indivíduo que não participa da polis é idiota. 


domingo, 17 de agosto de 2014

Barroco, decifrando o enigma do rebuscamento

O homem barroco é emotivo, apavorado e está em constante questionamento sobre a vida e a morte. A ideia do tempus fugit, expressão latina que significa ''o tempo foge'', foi constantemente abordada nas pinturas e nas poesias barrocas. O homem barroco não é nem medieval, nem renascentista, o homem barroco é uma fusão dos dois, preocupa-se com vida, mas apavora-se com a morte. Não há palavra melhor para definir o barroca do que DUALIDADE.

Vanitas (pieter chaesz)




Em vanitas de Pieter Chaesz, pintor holandes do movimento barroco, está presente a dualidade da vida e da morte, a caveira, o relógio, a concha vazia, o cálice tombado e a tinta derramada representam não só a morte, mas todo o vazio da vaidade que buscamos na estética (caveira), no conhecimento (livro fechado) e na riqueza ( concha vazia). Além da abordagem do tempus fugit e do locus horrendus, a pintura apresenta jogo de luz e sombra, característica barroca, que representa o dualismo, a antítese. Além disso, Percebe-se no cálice a reflexão da imagem de uma janela, a pintura nos permite visualizar além do ambiente, algo que seria impossível em uma pintura renascentista.


A santa ceia ( Mestre ataíde)

  

A santa ceia do mestre ataíde, ao contrário da santa ceia de michelângelo , nos passa uma ideia de algo mundano, festeiro; nessa pintura cristo não é mais o centro das atenções, mas quase apenas um membro da ceia. A santa ceia de michelângelo nos dá a ideia de repouso, a santa ceia do mestre ataíde, por sua vez, nos dá ideia de movimento. A aureolá de cristo aponta para um plano axial, característica puramente barroca. Podemos contemplar, além disso, judas na primeira cadeira à direita com dinheiro na mão e também uma mulher um tanto quanto ''saliente''no canto esquerdo da tela. Tais características nos revela uma fusão do sagrado com o mundano. A pintura é maravilhosamente barroca.


Vaticano




A arquitetura barroca, ao contrário da renascentista, possui arcos e desvios, o que no renascimento não é encontrado, uma vez que há um respeito excessivo com as formas retas e a proporcionalidade. A forna como o Vaticano foi construído nos lembra um abraço, pois possui um corredor reto que leva a duas semi circunferências tática usada pela igreja católica para atrair cada vez mais fiéis.





Judite e Holofernes (caravaggio)




Judite e holofernes, pintura de caravaggio, representa o contexto da história de judite que matou o general holofernes para proteger o povo de Israel. A pintura mostra-se barroca pela jogo de luz e sombra mais evidente nas pinturas de caravaggio, além dessa característica a pintura possui uma riquezas de expressões que apenas o barroco possui. As expressões de dor de holofernes, a de tristeza de Judite e a de raiva da idosa ao seu lado. Outro elemento dualístico que podemos contemplar é a diferença entre a beleza e claridade de judite que representa a juventude, a bondade e o horror e a escuridão da senhora ao seu lado que serve-se como apoio à judite e que parece, inclusive, ter mais ódio de Holofernes do que própria Judite. A imagem nos dá ideia de movimento, é perceptível, pois judite está no ato da assassinato e podemos prever o que virá em seguida, o rolamento da cabeça de Holofernes e o pano nas mãos da idosa para segurá-la, a pintura além de todas essa características possui teatralidade, pois por nos dar ideia de movimento, nos sugere o que irá acontecer depois além do pano vermelho.


Continue...




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Drogas, problema de saúde ou problema social?





 Não tenho a intenção de fazer um discurso tendencioso escrevendo esse texto, apenas quero que minhas ideias se pautem na exposição de uma lógica que não enxergamos dentro desse contexto de drogas e segurança pública. As drogas são um problema de saúde pública? sem sobra de dúvidas as droga são um problema de saúde pública, algumas fazem mal, outras nem tanto, mas por que buscamos consumi-las? será pelo fato da mesma nos proporcionar uma ''válvula de escape'' para a realidade massacrante que vivemos? ou por uma curiosidade irracional? responder essas perguntas demandaria muitos especialistas e muito tempo de debate, não é esse o meu objetivo, até porque não sou especialista em nenhuma área de saúde. Meu texto não vai abrir uma discussão a respeito da droga como um problema de saúde, mas sim como ela se tornou um problema social.  

  Vivia me perguntando o porquê da criminalização das drogas, como toda pessoa leiga, pensava que era uma forma de o estado proteger a minha saúde, que meigo não?! No entanto esse pensamento cessou a partir do momento em que eu descobrir o quanto a indústria alimentícia me matava e me mata todos os dias com a permissão do Estado. Se o Estado quisesse proteger a minha saúde, não haveria empresas da McDonald's no meu país, ou a Monzanto atuando no agronegócio. A desculpa da droga como algo maligno pra saúde foi uma justificativa perfeita para essa proibição. Ah... foi um ótimo negócio pra os narcotraficantes, possíveis defensores fervorosos dessa criminalização. Entretanto, não foram só os Narcotraficantes que saíram no lucro, mas também diversas indústrias, as quais citarei no decorrer do texto. 

  O que ganhamos com essa proibição? Não ganhamos nada, pois nossa saúde não é algo primordial para o ''topo da pirâmide''. Nos países da americana latina, essa criminalização se mostrou ineficiente, não só ineficiente, mas também desumana visto que moradores dessas comunidades, cujo o tráfico está presente, os quais são trabalhadores, crianças, mulheres, que não têm outra saída a não ser conviver com uma guerra irracional, em que só há interesses de traficantes e de indústrias, dentre elas a indústria de armas, essas pessoas não têm outra alternativa a não ser conviver com todo esse ciclo vicioso de drogas e mortes. Mas devemos nos dobrar sobre a seguinte pergunta: O que seria da indústria de armas sem a guerra? o que seria da indústria de armas sem o seu ''dinheirinho'' garantido do tráfico e da policia? existem traficantes altamente armados com armas Alemãs, Russas e Americanas, que são caras, mas dinheiro é o que não falta para o tráfico devido a sua monopolização. 


  Quem concede essas munições  para os traficantes em troca de dinheiro é a polícia corrupta, que financia a morte e rouba o sonho de crianças que entram para o tráfico. Tentamos acabar com o tráfico colocando milícias e Upp's no lugar. No entanto, tal ''substituição'' não modificou muita coisa, os autores, sim, modificaram, mas violência continua presente e agora institucionalizada. As milícias exploram os moradores, cobram por um serviço que é deles por direito, que é a segurança, além disso instalam verdadeiras ditaduras nas comunidades. Quem perde nessa história não é só o policial, o morador honesto da comunidade, a criança do tráfico, quem perde nisso, também, somos nós que pagamos impostos ao governo para ele proteger as indústrias que lucram com toda essa carnificina; em troca recebemos um desvio considerável de dinheiro da educação e da saúde para a ineficiente segurança pública, que já mostrou que essa guerra não tem fim, e que não temos outra saída, a não ser retirar esse discurso moralista de criminalização das drogas e pensarmos outra forma de combater o tráfico. Estamos matando pessoas que não têm escolha para evitar a overdose de algumas pessoa que tem. Isso não faz sentido para nós, mas faz muito sentido para as grandes indústrias bélicas.
Isabella Costa Guimarães